Segunda-feira, 30 de Junho de 2008
Diz que não viu por lá nem auto-estradas, nem TGV.
Espero que não tenha sido obrigado a chegar à Irlanda a nado nem a calcorrear a ilha a pé.
PS - José Manuel Moreira acrescentou que a Noruega também não tem estradas. Meu Deus, como é que ainda não lhe ocorreu o exemplo da Islândia? Seria a estocada final.
PPS - O Afeganistão não tem um só quilómetro de linha de caminho de ferro, notem bem. E ninguém se queixa disso.
Anne Leibowitz.
Domingo, 29 de Junho de 2008
Anne Leibowitz.
Sábado, 28 de Junho de 2008
Annie Leibowitz.
O Benfica decidiu poupar na compra de jogadores para poder investir mais em advogados.
Sexta-feira, 27 de Junho de 2008
Anne Leibowitz.
Fazendo coro com a corrente de opinião dominante, o
Expresso desta semana responsabiliza os especuladores pelos valores
record atingidos pelo preço do petróleo.
É uma opinião legítima, que eu próprio sustentei há alguns meses, mas que carece de corroboração empírica. De facto:
1. Não há indícios de que o petróleo armazenado com intuitos especulativos se encontre a níveis historicamente elevados.
2. O preço do petróleo nos mercados de futuros tem-se situado sempre abaixo do preço no mercado spot.
Em que factos se baseiam então aqueles que apontam o dedo à especulação? Talvez tenham razão, mas a mera opinião deste ou daquele indivíduo não conta como facto relevante.
Para um argumento de autoridade, consultar o artigo de Paul Krugman no New York Times desta semana (
Fuels on the Hill) e os diversos posts que tem dedicado ao assunto no seu blogue (
The Conscience of a Liberal).
Quinta-feira, 26 de Junho de 2008
Anne Leibowitz.
No século passado, houve na Inglaterra uma escola filosófica para a qual a tarefa dos filósofos consiste exclusivamente em desmontar os vícios de raciocínio dos filósofos.
Uma coisa interessantíssima, como vocês imaginam.
Hoje, porém, dei comigo a pensar que algo semelhante - ou seja, comentadores a apontarem a dedo os desatinos de outros comentadores - teria uma utilidade crucial para a sanidade mental do país no que ao futebol respeita.
Eis o que acabo de ler da pena de um dos que, pela sua habitual sobriedade, mais aprecio:
"A Alemanha está na final do Europeu, pode até ser campeã mas, deixem-me que vos diga, como equipa, vale pouco. Bastou ver a meia-final de ontem, contra a Turquia, para perceber que devia ter sido fácil a Portugal fazer mais."
Isto está quase, quase, quase certo. A bem dizer, bastava o futebol ser um jogo completamente diferente daquilo que é para nos encontrarmos perante uma opinião válida e perspicaz.
A Alemanha, como equipa, "vale pouco", não é? Imaginem se valesse muito!
(A identidade do autor das linhas citadas não interessa. Eu nunca faço ataques pessoais, excepto quando estou para aí virado.)